terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Solução para a coleta de lixo


Vejam bem, eu mesmo não acredito que esta solução seja viável hoje em dia, pois o brazzzileiro já perdeu até o mínimo resquício de respeito pelo que é seu e/ou do próximo, mas... Vamos lá....


Antigamente, quando eu era um fedelho e ainda acreditava que seria alguém na vida, há uns 30 anos atrás, o ciclo de vida (uau! inútil usando termos "da moda"!) do lixo, sob responsabilidade do cidadão pagador de seus impostos, funcionava perfeitamente bem e até era ecologicamente correto. Lá em casa (como em todos os vizinhos) havia dois tonéis para o lixo: um de xarope de Fanta, de latão, com tampa de dobradiça, reutilizável, recolhido sem custo pelo meu pai na fábrica da Coca e outro de xarope de Pepsi, de plástico, sem tampa, com alças, reutilizável, recolhido sem custo pelo meu pai na fábrica da Pepsi. Ambos haviam chegado ao fim de sua vida útil para o propósito original, pois apresentavam algum defeito que impedia a reutilização com xarope e, por conseguinte, eram dados de graça pelos engarrafadores a quem se desse o trabalho de buscar.

Não havia sacolinhas plásticas de supermercado para acondicionar lixo pois uns poucos lojistas se limitavam a oferecer uns sacos de papel muito frágeis e as pessoas eram acostumadas a ir às compras com suas "sacolas de feira" de nylon, reutilizáveis e muito duráveis (lá em casa tinha três, e duraram, no mínimo, uns dez anos). O lixo era todo colocado diretamente nas lixeiras e depois despejado nos tais tonéis, seguindo a regra: lixos molhados e/ou fedidos, da cozinha e do banheiro (que hoje a moda inventou chamar de orgânico), eram despejados no tonel de Fanta (pois tinha tampa) e os lixos secos (que hoje os "prafrentex" inventaram chamar de reciclável) eram despejados no tonel de Pepsi. As lixeiras eram então lavadas, deixadas para secar e voltavam ao seu lugar de origem. Nos dias que passava o lixeiro (duas vezes por semana), ambos tonéis eram colocados na calçada. Depois, os garis-maratonistas, não sem algum esforço extra, os pegavam e despejavam no caminhão (tudo junto, pois não existia o que os verdes chamam hoje de coleta seletiva, embora o lixo já estivesse separado), devolvendo-os à calçada, de onde eram recolhidos quando se voltava para casa no fim do dia. E assim se repetia, nas segundas e quintas-feiras. E esses tonéis sobreviveram, com uma ou duas reposições, até o início dos anos 90, quando simplesmente desapareceram. Ou alguém os surrupiou deliberadamente ou os próprios lixeiros os colocaram no caminhão, visto que muitos vizinhos já começavam a usar as famigeradas sacolinhas e o esforço físico para levantá-las e atirá-las à carroceria é infinitamente menor.

Enfim, abolimos o uso dos tonéis e passamos para a cômoda sacolinha, que vai diretamente da lixeira ao lixão (e depois à terra, ao mar e ao ar) e sem a qual hoje não saberíamos como/onde colocar o lixo. Mentira. Todos os que tem mais de 35 sabem muito bem a solução. O problema é a preguiça. E a falta de respeito.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Soluções para o lixo

Como de costume, em exemplos... Os dados obviamente não são exatos; apenas para se ter uma idéia.

PROBLEMA:
 lá em casa se tomam 1,5 litros de leite por dia
LIXO PRODUZIDO:
 4 embalagens longa vida por semana
RECICLAGEM:
 difícil, pois é necessário primeiro separar o plástico do alumínio e do papel
SOLUÇÃO:
 embalagens pet de 5 litros, de reciclagem fácil e que podem ser bem finas, pois leite não tem gás
REDUÇÃO DE LIXO:
 60%

PROBLEMA:
 lá em casa se comem quatro caixas de 300g de sucrilhos por mês
LIXO PRODUZIDO:
 4 sacos plásticos e 4 caixas de papelão por mês
RECICLAGEM:
 fácil para o plástico e médio para o papelão
SOLUÇÃO:
 embalagem plástica de 1 quilo, opaca e com fecho ziploc, reutilizável e de fácil reciclagem
REDUÇÃO DE LIXO:
 70%

PROBLEMA:
 eu uso um tubo de 90ml de desodorante a cada duas semanas
LIXO PRODUZIDO:
 dois tubos de alumínio, tampas e mecanismos plásticos por mês
RECICLAGEM:
 fácil para o alumínio e para o plástico, mas o mecanismo precisa ser desmembrado do tubo
SOLUÇÃO:
 embalagem tipo inseticida, com 500ml de desodorante
REDUÇÃO DE LIXO:
 80%

PROBLEMA:
 meus fones de ouvido gastam um par de pilhas AAA por semana
LIXO PRODUZIDO:
 duas pilhas por semana
RECICLAGEM:
 impraticável, pois a separação das substâncias químicas é economicamente inviável e o latão do invólucro é muito difícil de desmontar
SOLUÇÃO:
 empacotar o conteúdo químico das pilhas já em pares (afinal alguém tem algum aparelho que use só uma pilha?) usando invólucros de alumínio (como nas pilhas de água salgada dos camelôs) ou pet, facilitando a desmontagem e a reciclagem pelo menos do invólucro
REDUÇÃO DE LIXO:
20%

PROBLEMA:
 lá em casa se toma 1 bomba de 20 litros de água mineral por semana
LIXO PRODUZIDO:
 cada bomba dura mais ou menos 20 retornos
RECICLAGEM:
 o pet é reciclável ao fim de sua vida útil, mas o processo de lavagem para retorno consome água fria, quente (energia elétrica) e detergente (poluente)
SOLUÇÃO:
 melhorar a qualidade da água servida à população, pois como sempre digo, "me criei tomando água da torneira"
REDUÇÃO DE LIXO:
 100%

PROBLEMA:
 embalagens de produtos eletro-eletrônicos
LIXO PRODUZIDO:
 em cada embalagem vem isopor, sacos plásticos, papelão e, em alguns casos, tacos de mdf
RECICLAGEM:
 fácil para os plásticos, média para o papelão e difícil para o isopor e o mdf
SOLUÇÃO:
 utilizar embalagens de plástico pet rígido ou semi-rígido retornáveis, preenchido com o "cheetos verde" feito de óleo vegetal reciclado
REDUÇÃO DE LIXO:
 90%

PROBLEMA:
 lá em casa se gastam 10 tubos de 500ml produtos de limpeza por mês
LIXO PRODUZIDO:
 10 tubos plásticos por mês
RECICLAGEM:
 fácil, mas, dependendo do produto, é preciso lavar a embalagem antes de reciclar
SOLUÇÃO:
 embalagens de 5 litros para todos os produtos de limpeza e tampas de rosca nas embalagens pequenas, facilitando o reaproveitamento
REDUÇÃO DE LIXO:
 90%

Além do lado "verde" da história, qualquer inútil facilmente percebe a economia do seu precioso e suado dinheirinho que vai para o lixo com essas embalagens.