domingo, 31 de agosto de 2003

Onde está Hardy?

Ei Lippy, isto não vai dar certo...
Bah, cadê o Hardy? O cara não posta desde 10/8. Desconfiamos que ele tenha desistido da profissão de informática e retornado aos desenhos animados. Ou talvez ele esteja se preparando pra participar de um flash mob. Ou talvez só tenha enchido oo saco dessa merda de blog. Enfim, quem viu o nosso amigo hiena por aí, favor comunicar...

Processos seletivos retardantes para Trainee

Sim, eu ainda insisto nessas merdas de processos seletivos para escolha de trainees imbecilóides para grandes empresas... Nem que seja só pela diversão [sic] de preencher zilhões de fichas e dar trocentas informações a respeito de minha vã existência e de meu vil caráter...
Dessa feita o que me saltou aos olhos foram as perguntinhas mongolóides que deviam ser respondidas na ficha de inscrição para Trainee da VIVO (essa dos maldito telefone celular do inferno)... Abaixo vocês podem ver as tais devidamente respondidas por este que lhes escreve, juntamente com a tradução para o português SIC...

Questã: Qual a sua opinião sobre a convergência de tecnologia no cenário de Telecomunicações?
Resposta: A convergência conduz à similaridade dos produtos, serviços e, por consequência, de preços; só é interessante, então, para o fornecedor. Para o consumidor o ideal é a diferenciação nos produtos, serviços e tecnologias, pois isso lhe propicia o poder da escolha e aquece as disputas entre a concorrência.
Em SIC Portuguese: Fazer tudo igual só aumenta o lucro de quem vende e dificulta a escolha de quem compra.

Questã: Qual é a imagem que você tem da VIVO?
Resposta: Hoje em dia as Teles são todas muito semelhantes, tanto em produtos e serviços como em atendimento e preços. Em minha visão isto não é bom para o posicionamento da empresa no mercado, visto que não há diferencial importante entre as concorrentes. Empresas arrojadas devem propiciar ao cliente algum ponto atraente, um diferencial, um produto que possa orientar a sua escolha de forma embasada, concreta, portanto, duradoura.
Em SIC Portuguese: Como é tudo igual mesmo, vocês deveriam se destacar de algum jeito inteligente, que não seja com as propagandinha ou com bonecos feios de geleca. Se continua assim, na primeira merda q vocês fazem, o cliente troca pra CLARO q é exatamente a mesma bosta.

Fim dos feriados??

Politico brasileiro não tem mais o que fazer. Notícia do Terra: Projeto transfere feriados religiosos para sábados. Isso mesmo, um tal de Eduardo Cunha do PPB-RJ tá dizendo o seguinte:

"De acordo com o deputado, o ideal é que todos os feriados sejam transferidos para os finais de semana. Como previu uma polêmica muito grande, o deputado decidiu optar apenas pelos religiosos"

Quer dizer então que o senhor deputado, que trabalha 3 dias por semana e ganha bem mais do que os povão miserável que trabalha 40h/semana acha que ninguém merece mais um descanso ocasional, previsto no calendário anual. Tudo em nome da 'produção' do país. Pelamordedeus...santa hipocrisia...Alguém manda esse deputado ir tomar no cú, por favor?


sábado, 30 de agosto de 2003

Cês gosta de palavrão??

Cês tão sempre com o caralho na boca??? Ou com a porra na ponta da língua???
Como bom mal-educado boca-suja, não deixe de ler o artigo intitulado "Os Palavrões", do Millôr, em http://geraldofreire.uol.com.br/ospalavroes.htm
Muito adequado pra quem vive aqui nessa zorra e não pode fazer nada mais que proferir impropérios vulgares e de baixo calão...

CLT ou não CLT ?

Quando fui contratado recentemente, depois de penar em entrevistas, processos seletivos, dinâmicas de grupo, murros em pontas de facas, depois de quase achar que eu tinha escolhido a profissão errada e que na verdade eu deveria estar num mosteiro budista longe da sociedade materialista, eu assinei um contrato CLT. E daí? Daí, nada. CLT não era pra ser normal, tipo, se o funcionário foi contratado pela empresa, a empresa assina sua carteira, lhe dá os beneficios e paga os encargos? É, eu pensava que era assim até pouco tempo atrás. Mas agora estou descobrindo que, por incrivel que pareça, o que era pra ser regra na verdade é uma exceção. Pelo menos na area de tecnologia da informação, ter um vínculo do tipo CLT é quase um PRIVILÉGIO. Várias coisas me fizeram pensar assim. Primeiro, notei que a maioria do pessoal contratado da empresa era autonomo, e que esses, mesmo que não soubessem, estavam sendo contratados pela empresa apenas pra segurar a demanda atual, e que mais cedo ou mais tarde, seriam mandados embora, como foram, com um, digamos, "aviso prévio", de uma semana. Depois, fui a uma entrevista e falei com um consultor de outras empresas pelo telefone (sim, acho que já disse que continuo atrás de um lugar melhor pra trabalhar), e ambos me perguntaram qual a minha forma de contratação atual. Quando disse as três letrinhas mágicas, "CLT", senti um misto de surpresa e admiração dos meus interlocutores. Pois agora digo e repito: desde quando CLT "deveria" ser um privilégio? As causas pra isso são bem conhecidas, mas vou destacar apenas uma, que talvez seja a mãe de todas as outras: a não-regulamentação da profissão. Lembram que eu disse que tá rolando um projeto de lei pra "regulamentar a desregulamentarização" da profissão de informata? É, esse projeto foi escrito por professores universitários caquéticos, a maioria deles formados em Engenharias, pois lá nos tempos dos faraós haviam poucos cursos de graduação na área de computação. É OBVIO que eles querem que a coisa continue assim, já que esse modelo defasado e retrógrado sempre os privilegiou. Acontece que os tempos são outros, e se a coisa continuar como está, muito em breve ninguém mais vai querer trabalhar a sério em Informática no Brasil. Seremos um bando de meios-profissionais, com meios-conhecimentos, enquanto que as empresas de tecnologia irão produzir produtos cada vez mais com meia-qualidade. Então, veremos a industria do software brasileiro explodir e derreter que nem a plataforma de Alcantara, levando os melhores profissionais do ramo junto.

domingo, 24 de agosto de 2003

SIC Park

Como o clima dos últimos posts aqui da SIC tão meio pesados, decidimos, entre uma esculhambação e outra, descontrair um pouco. Então...como não é todo mundo que acessa a SIC que nos conhece pessoalmente, e como não podemos revelar nossas verdadeiras identidades para o mundo (senão milhares de consultores de RH sairiam a nossa caça), eis aí a versão "mais realista" dos membros da SIC, estilo South Park:



Oh my god ! They kill Kenny !!
Da esquerda para a direita: Overman, 2x2eh4 e Hardy.
Pra quem quer brincar disso também, eis o link.



Anti-flash mob

Notícia do terra: Porto Alegre terá o seu primeiro flash mob. Parece que anda circulando um e-mail por aí dando instruções de como agir para participar desse "evento". Eu não recebi, mas segundo a notícia, é assim:

Primeira Flash Mobilization de Porto Alegre!

Dia 08 de Setembro, ao meio dia e trinta e quatro minutos (12:34h)reunam-se TODOS na "Esquina Democrática" (Borges de Medeiros com Rua dos Andradas) para a maior manifestação artística conjunta da capital.

Exata e pontualmente nesse horário, TODOS imitem uma estátua (em qualquer posição, por mais estranha que seja) por trinta segundos. Após, voltem a rotina normal.


Manifestação artística ??? Quer dizer que juntar um monte de inúteis (não confundir com inúteis conscientes) para fazerem uma palhaçada qualquer e irem embora em seguida agora é chamado de manifestação artísitica? Tão tá...Que tal então organizar um ANTI-flash mob??? Seguinte, quem quiser participar, as instruções são simples. No mesmo dia, hora e local marcados acima, todos aqueles que não aguentam ver os macaquinhos brasileiros imitando os modismos sem pé nem cabeça dos americanos, devem levar 1 (um) ovo (podre, de preferência) escondido no bolso. No momento que os "artistas" do flash mob oficial se fizerem de estátua, a ordem é atirar o seu ovo naquele que você achou mais ridículo. Em seguida, voltem a rotina normal. Ou melhor, saiam correndo em disparada. E aí? Alguém vai nessa comigo???

sábado, 23 de agosto de 2003

Como é e como deveria ser...

Pôs vejam vocês, eu também tava pensando, esses dias, no meu horário de almoço e tendo acessos psicótico-abobado-maluco-neurótico-revolucionários sobre como é meu (e de toda uma massa trabaiadora) dia normal e como ele deveria ser...
Bem, como ele é todos já devem estar cansados de saber: acordar as 6h30, ir pro trampo, chegar as 8h, trabaiar até as 12h, ter intervalo de almoço teórico de 2h - prático de 40min, voltar e trampar até as 18h teórico - prático até as 19h...
Mas, pra meu dia ser justamente dividido e eu poder fazer outras coisas na minha vida além de trabaiar e durmir pra poder trabaiar denovo, ele deveria ser fatiado em 3 períodos de 8 horas cada, desta forma:
- 8 horas para durmir e fazer o básico da higiene pessoal (bagno, barba, desodorante, talco contra o xulé, etc.)
- 8 horas pra trabaiar
- 8 horas pra fazer o q eu tiver vontade (passear, nadar, jogar fussbol, tomar umas birita, jogar videogame, whatever...)
Só que aí tem um detalhe importantíssimo que nunca é levado em conta: as necessidades básicas de sobrevivência, como comer, tirar água do joelho e passar fax NÃO PODERIAM ser incluídas em "tempos de intervalo". Como assim??
Assim, ó: Se eu tiver trampando e tiver q parar pra comer - coisa q me descontam 2 horas mas eu faço em 40 minutos - isso não será considerado como "intervalo inútil" e subtraído do meu período de 8h no trabalho.
Sabem porque eu penso assim? Porque se eu tiver a necessidade de produzir um tijolo vou ter que parar meu videogame pra ir na patente fazer isso. Se eu tiver tomando minhas birita e der aquela vontade incontrolável de verter água vou ter q levantar e ir até o mijatório... Então, pq uma necessidade inevitável e involuntária como uma simples refeiçã tem q ser considerada como "intervalo FORA do trabalho"???
Aí sim eu ia poder VIVER e aproveitar bem o meu dia... Eu acordaria as 6 e meia, trabaiaria das 8 as 16h e VIVERIA das 16 às 00h... Não seria bom? Não seria certo??? Não seria JUSTO?????
Na real (o BIG é mais barato e o Nacional é mais caro), eu queria mesmo é ser ultra-mega-maxi-multi-milionário e não ter q trabalhar NUNCA...

Tempos Modernos

Tava pensando (capaz??) esses dias e cheguei a algumas conclusões pseudo-historico-filosoficas. Passo-lhes o meu impressionante raciocínio agora:

Como era a uns, digamos, 30 anos atrás:
As pessoas não precisavam ter tanto estudo para terem um bom lugar no mercado de trabalho. Um cursto técnico, na maioria das vezes, era suficiente. Quem fazia faculdade eram apenas os médicos, engenheiros e advogados. Mestrados, especializações e sei-la-que mais era coisa pra poucos. Obrigação de segundo ou terceiro idioma só se o cara fosse fazer carreira diplomática. Bem, mas então o sujeito ia trabalhar, geralmente num emprego público, que era o sonho de consumo da época, e o ambiente de trabalho era bem mais simples. Não existiam as exigências de práticas de bom relacionamento inter-pessoal que existem hoje em dia. Ninguém tinha que fingir que adorava o que estava fazendo ou que estava sempre de bom-humor ou que era amiguinho de todo mundo. Nem que era hiper-mega-ultra auto-confiante e cheio de idéias brilhantes. Era necessário apenas cumprir a sua obrigação, e os seus colegas e chefes eram, bem, tão somente os seus colegas e chefes. As pessoas geralmente passavam a vida inteira no mesmo emprego, já que a estabilidade era bem maior. Além disso, proporcionalmente, os salários eram maiores que os de hoje.

Como é hoje:
Não preciso me alongar muito nesse ponto, pois quase todos os posts anteriores da SIC tratam dos dias de hoje. Mas resumidamente: as empresas cobram nível superior, duas ou três linguas e quanto mais o sujeito investir na sua formação, melhor. Pra empresa que vai contratar o cara, é claro. O cara não vai ter nenhuma garantia de que no mês que vem não vão mandar ele embora para colocar um mais qualificado, ou que faça a mesma coisa por menos, no seu lugar. Além disso, ele vai receber bem menos do que realmente merece. E apesar disso tudo, o sujeito tem que demonstrar 100% de dedicação, auto-confiança, dinamismo, criatividade e integração para com a empresa e os colegas (a lista completa, vejam post A Imagem da Competência).

Bem, então a idéia: de que adianta nos considerarmos "modernos", darmos graças por vivermos no tal "mundo globalizado", com nossas traquitanas de última tecnologia, internet, computadores, celulares, nissim-miojo, etc... se vivemos em tempos tão hipócritas? Nada mais a declarar...

quinta-feira, 21 de agosto de 2003

O fundo do poço

Os números falam por si:

  • Evolução da renda média dos trabalhadores no Brasil, nos últimos 12 meses:

    • Redução de 16%

  • Inflação acumulada nos últimos 12 meses:

    • IPCA 18%

  • Distribuição da Work Force:

    • 13% desempregados

    • 45% ocupação no mercado informal

    • 42% ocupação no mercado formal

É triste... será q temos mais o q afundar na merda ainda???????? Êêêêêêêêê Brasilzão...


domingo, 17 de agosto de 2003

Enquanto isso, em um longínquo país desenvolvido...

Uma cabeça do RH de uma agência de publicidade alemã está causando furor nos pseudo-simpáticos-queridos-interessados chefes e executivos de RH e algarves, que fingem que prezam pela qualidade de vida dos seus escravos. Ela escreveu um livro, que já diz o que veio no título: Acabou a diversão
Seu nome é Judith Mair (Heil, Judith!!) e as regras que defende no livro e aplica em sua agência (integralmente apoiadas pela SIC) são:


  • Só se trabalha de segunda a sexta, das 9 as 17:30. É proibido levar trabalho pra casa

  • Todas as mesas e material de trabalho devem estar em ordem ao final do dia

  • Somos colegas de trabalho, não amigos. Por isso, e-mails e conversas pessoais não devem fugir do escopo do ambiente

  • Todos os empregados devem usar uniforme, fornecido pelo empregador

  • Ninguém precisa ser agradável. O mau humor é tolerado, desde que não interfira no desempenho

  • A vida particular de cada um não interessa. Da mesma forma, são fortemente desaconselhadas conversas sobre o trabalho no período fora do escritório

  • Deve-se evitar o uso da palavra "nós" fora do expediente. Só estamos no mesmo barco diante de nossos clientes. É preciso saber que a empresa irá demiti-lo sem pena em caso de necessidade.

  • Nada de altas filosofias e atitudes salientes. O dia-a-dia é banal e esforços para transformá-lo em um grande evento não são bem-vindos aqui



Interessante, não? Finalmente alguém com uma idéia que preste na cabeça...
Será que ela anda lendo o SIC blog???

I sold my soul to my job
And I sold it way too cheap
I'd rather sell it to the devil
For at least I could be rich


Apesar de parecer, isso daí não é um refrão de uma música do Johnny Cash (aliás um cara muito esperto, que ganhou muita grana fazendo músicas reclamando da vida)... Isso daí é a mais pura realidade da ampla maioria de trabalhadores-otários brasileiros. Vendemos nossa alma ao trabalho. E vendemos barato demais...
E, de nós, meros meios de produção do capitalismo mudéuno, é exigido cada vez mais e melhor... Veja o q eu encontrei ao abrir o nefasto caderno de empregos do tal jornaleco esse que frequentemente comentamos:
" A Imagem da Competência"
Cada vez mais o perfil do funcionário valorizado pelo mercado engloba características que vão além do conhecimento técnico.
O que as empresas valorizam:


  • Iniciativa

  • Multifuncionalidade

  • Dinamismo

  • Bom humor

  • Boa capacidade de relacionamento e de trabalho em grupo

  • Consciência ética

  • Comprometimento com os objetivos da equipe

  • Criatividade

  • Auto-estima elevada


Só isso??? Ah bom... se bem q eu achei q falta uma pequena coisinha... falta perguntar QUAL A MOTIVAÇÃO Q EU TENHO PARA SER TUDO ISSO??? Afinal, a caixa do super não vai aceitar minha criatividade, dinamismo e bom humor...
Desse jeito não há vocação que dê conta do recado...

sábado, 16 de agosto de 2003

Acabou a contagem...

Lembram da contagem regressiva de alguns posts atrás? Pois é, terminou. E o que aconteceu? Nada. Continuo trabalhando no mesmo muquifo, ganhando o mesma merreca e com o mesmo senso de humor azedo. Tudo bem, agora que o contrato de experiência acabou, nada impede que mais dia menos dia me chamem num canto e me deem um aviso prévio. A real é que voltei a comprar o jornal de domingo pra ver os empregos. O que é uma boa noticia para os fãs da SIC (existe isso?), pois isso quer dizer que em breve voltaremos a ter posts sobre vagas absurdas e entrevistas bizarras. No mais, segue tudo como antes...

domingo, 10 de agosto de 2003

Decadence avec elegance



Este é o gráfico dos acessos a este respeitavel blog desde a sua criação. Como podem ver, o número de acessos ao mesmo sofreu uma "leve" queda nos ultimos meses. A que se deve tal fato? Bem, a causa mais provavel é o fato de que paramos de fazer banners, listas e paródias engraçadinhas e nossos posts ultimamente serem principalmente dedicados a arte da reclamação e/ou lamentação. Pode ser também pelo fato de que o "pico" (no bom sentido) de acessos foi na época em que fizemos um verdadeiro SPAM do site para nossos amigos, que assim que se encheram, não acessaram mais a SIC. Ou pode ser também por causa da crise, o dolár e tal, que tá fazendo as pessoas economizarem telefone. Pode ser um boicote que empresas de RH tão promovendo contra a SIC. Pode ser apenas intriga da oposição.

Mas resumindo: foda-se. A gente vai continuar por aqui, e vocês vão ter que nos engolir [ZAGALLO 1997].

Ainda sou inútil

Desapareci por um tempo, o que pode dar a falsa impressão de que deixei de ser um membro (no bom sentido) desta Sociedade. Quem dera !!! :-)
Apenas estou sofrendo os efeitos do escravizante ritual chamado de trabalho. Aliás, corrigindo esta frase, sofrer não é palavra. Eu estou me entregando sem reação a este ritual. Aceitando como se fosse normal pensar só em trabalho noite e dia ... mas este não é lugar pra análises pessoais.
Voltando aos percalços trabalhistas, estava lendo uma pesquisa salarial feita em Porto Alegre, e olhe só a conclusão a que chegaram sobre o valor que deveria ter o salário mínimo: R$ 1396,50 ... Isto me deixa feliz, sinal que eu não estou tãooo errado assim em achar que o que eu ganho é uma merreca. E embora tenha gente infeliz que ganha menos que eu, isto não é desculpa pra eu me sentir melhor (leiam o último post anterior do nosso amigo 2x2eh4) ...
Quero um aumento.

sábado, 9 de agosto de 2003

Contagem Regressiva

Depois de alguns dias de luto pela morte do Roberto Marinho, a SIC volta. Pra começar, esclareço o título do post. Na semana que se encaminha, termina o meu contrato de experiência com a empresa que eu estou trabalhando. Bem, e daí? Daí que não sei o ao certo o que vai acontecer depois...Opções:

1) Nada. Continua tudo igual. Inclusive a bosta de salário que me pagam.
2) Vão chegar pra mim e dizer: "foi um prazer te ter com empregado, mas infelizmente não fomos com a tua cara, e como estamos cortando gastos desnecessários, resolvemos começar por ti".
3) Vão me manter na empresa e ainda pagar um salário que eu mereça.
4) Vão me chamar pra uma sala reservada. Abrirão um alçapão escondido. Lá dentro eu vejo todos os supostos ex-funcionários da empresa (incluindo um ex-professor meu), sujos e com cabelos e barba enormes. Daí vão me dizer: "aqui mantemos alguns de nossos funcionários mais antigos, desde que fizemos um 'downsizing' na empresa. Pra não pagar encargos trabalhistas, sabe como é? Os tempos tão meio dificeis..."

Confesso que de todas as opções, a 3 é a mais fantasiosa de todas. A 2 é bem provavel, já que ultimamente, 4 cabeças rolaram por lá, para "cortes de gastos" como eles dizem, incluindo um cara do meu grupo de trabalho. Na situação que eu me encontro, se acontecer a opção 1, eu já me dou por feliz.

sexta-feira, 8 de agosto de 2003

A Que Ponto Cheguei...

Hoje é madrugada de quinta pra sexta...
0:27m...
E eu...
TO ENFIADO NO MEU SERVIÇO TRABALHANDO !!!!!!

AAAAAAAHHHHHH !!!!!!!!!!!!! SOCORRO !!!!!!

quarta-feira, 6 de agosto de 2003

Eu reclamo demais

Pra mim, o pior tipo de derrotista-comodista-pseudo-otimista-satisfeito é aquele que se acha muito bem única e exclusivamente pelo fato de não estar muito pior. Conheço uma penca de gente assim. Essas pessoas têm a tendência de achar (e, para meu infinito azar, de me falar insistentemente) que eu sou um mega-chorão-reclamão-insaciável-fiasquento. Muito bem... Vai ver elas é que estão certas... Afinal eu não tenho motivo nenhum pra tanta reclamação.
Não há razão, por exemplo, pra ficar reclamando que o governo morde 11% do meu salário antes de eu recebê-lo e outros 20% também do meu salário antes do empregador tentar me pagar... Nem pra me queixar que, por causa disso, o que resta cobre só 75% das minhas despesas fixas (contas, alimentação e transporte) do mês...
Não têm porquê eu achar ruim que, de absolutamente tudo o que eu compro, esse mesmo governo morda cerca de 40% do valor em impostos... Nem pra franzir a testa quando vou pagar as tais contas (água-luz-telefone-condomínio-gás) e vejo que 2/3 do valor vai limpinho pro erário...
Não faz o menor sentido achar ruim o fato de não ter um fiapo de tranquilidade pra andar na rua (pra falar a verdade, nem pra ficar dentro de casa), sem o temor de ser assasinado por míseros trocados...
Não tem motivo pra achar errado que eu, um reles e (infelizmente) honesto cidadão não possa andar armado pra me proteger, já que a puliça não protege nada nem ninguém, enquanto os facínoras desfilam livremente com seus AR-15...
Não me cabe achar uma merda quando um político imbecil de outra profissão se considera no direito de fazer uma lei que impede a regulamentação da minha profissão... nem quando uma cambada de imbecis da minha própria profissão ainda achem isso ótimo...
Não é correto que eu pense que a minha vida é uma merda, ao olhar pra trás e ver que estudei 19 anos pra nem ter uma profissão, nem saber o que fazer com o que aprendi, nem saber ganhar dinheiro honesta nem desonestamente...
É... vai ver eles têm razão... afinal, eu podia estar em situação bem pior [sic]... vai ver eu estou redondamente equivocado em reclamar... também... o que se poderia esperar de um inútil²...

PS: Pra quem me conhece, reconheço que minhas reclamações não se limitam a isso... mas não tem jeito... pra se livrar delas ou me matem ou façam uma vaquinha e coloquem 1 milhão de euros numa continha na Suíça no meu nome...

Pesquisa do IBGE mostra que maioria dos desempregados têm experiência

Reportagem do Terra. Leia, por favor. Não tenho nada mais a declarar.