sexta-feira, 11 de abril de 2003

Caso Verdade - Episódio de hoje: A Entrevista Coletiva

E maaaaaais uma história inacreditável sobre entrevistas para emprego aqui no SIC. Para não encher muito o saquinho do querido leitor, vou ser mais direto. Semana passada fui numa empresa incubada (um projeto de empresa então) para uma entrevista para programador. A empresa é da area de engenharia quimica, e todos os sócios são formados nessa area. Pensei que as minhas chances iam ser boas, já que as grandes empresas de informática tiveram ataques de riso quando eu mandei meu curriculo pra eles. Chego lá e vejo que a entrevista vai ser coletiva. Três pseudo-empresários se sentam num lado da mesa e eu me sento do outro, bem no meio. Putz, parece paredão de fuzilamento, pensei. A cena patética que se seguiu foi a seguinte. O cara da ponta me fazia as perguntas baseado num questionário que ele tinha. O do meio só completava as perguntas ou fazia algum comentário enfadonho. O da outra ponta só olhava. As perguntas foram as mesmas de sempre, a única novidade foi o cara ter me perguntado se eu era fumante. Termina a entrevista, apertos de mão e a frase padrão: "semana que vem entraremos em contato". Pois chegou semana que vem e eis ahi o "contato" que recebi:

Agradecemos a sua participação no processo seletivo da Blablabla Soluções e lamentamos informar que não foi possível selecioná-lo(a) para trabalhar conosco no momento. No entanto, seu curriculum foi armazenado...

Tá, agora a malhação do Judas: os caras são formados em engenharia quimica e fazem software. Se eu, que sou formado em computação, trabalhasse como engenheiro quimico, eu podia ser preso. Os caras, que não devem ter muita ideia do que tão fazendo, não deram a minima pra minha formação, nem quando eu demonstrei ser profissional em Engenharia de Software, algo essencial pra eles. Certamente selecionaram alguém que ainda nem terminou a graduação e que aceitou receber um salariozinho de fome qualquer. É isso, nem uma pseudo-empresa tocada por gente sem um pingo de profissionalismo me aceita. Tão tá...

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