segunda-feira, 15 de março de 2004

Em bom português (dî Prtugal)...
Escrito por um Gerente de RH do além mar

"Um GRH recebe por dia umas dezenas de candidaturas ou respostas a anúncios. Às vezes são centenas. Às vezes são milhares. O seu trabalho é escolher os 10/20 melhores para apreciação mais cuidada. É portanto fulcral o CV e a carta de apresentação para se ganhar uma entrevista.

O primeiro erro será eventualmente as 3 páginas do seu CV. Será mesmo necessário? Acredita se lhe disser que os melhores CV’s têm uma página, no máximo duas? É fundamental fazer um currículo dedicado à função a que se candidata. Faça uma selecção cuidada do que lhe parece ser relevante e evidenciador de competências para o emprego que procura. Não faça perder tempo ao GRH porque ele não o pode perder. Não se ofenda com o o que lhe vou dizer mas tenho muitos(as) colegas que afastam imediatamente um currículo que os(as) faça perder tempo.
Desista das funções não especializadas que desempenhou. Já passou essa moda. Neste momento são até mal vistas algumas vezes – reflectem uma pessoa dispersa. Isto partindo do princípio que pretende uma função especializada.

Ganhando a entrevista tente rever a sua forma de pensar. Combata a sua inteligência quando estiver a dar-se a conhecer. Não se justifique demasiado. Dê antes a conhecer motivação, confiança nas capacidades, pro-actividade, ambição… É isso que se procura. Ou pelo menos é isso que acaba por fazer a diferença entre candidatos iguais.

Existem muitos candidatos com frequência universitária, ou com cursos completos que não lhes deram competências. Muito vulgar! Tente compreender que no curso não se procura propriamente competências ou conhecimentos… procura-se a capacidade de aprender, o espírito de sacrifício para estudar o que se gosta e o que não se gosta. O sucesso em finalizar um projecto duradouro. A interacção com os colegas de universidade (foco de relações privilegiadas a vários níveis) e a presunção de se querer pertencer a uma elite mais esclarecida. É essa a essência. Responda sem lhe perguntarem porque achou que devia deixar de adquirir conhecimentos “certificados”. Explique que outros conhecimentos adquiriu em substituição.

Minta se for necessário! Diga que foi recrutado agressivamente para o seu primeiro emprego – que a proposta pareceu irrecusável na altura e que a vida ditou o resto do caminho. Faça o resto do currículo condizer com essa estória… Mostre-se um activo fundamental.

Esqueça o dinheiro. Se consultar a pirâmide demográfica do nosso pais verá que está a concorrer com a maioria da população em procura de emprego. Neste momento não há espaço para mercenários. Menos ainda se não forem conhecidos. Primeiro ganhe o emprego. Depois mostre como o merece. Depois preocupe-se com o vencimento. Respeite o mercado. O mercado é soberano. Se pede a função A e paga X por ela… não sonhe com a função B e rendimento Y. Se der consigo a fazer algo que sente não o dignificar ou às suas capacidades… guarde isso para si. Omita-o do seu currículo e continue à procura. Mas não se acomode ou perca a oportunidade de aprender a cultura de uma nova empresa. Só o detalhe de estar ocupado e ter uma base de partida já ajuda muito nas entrevistas futuras. Não directamente… mas na sua atitude."
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Q beleza hem???!?!?! Com dicas preciosas como essas quem não arrumar emprego só pode ser um vegetal!!! Viva os grandes profissionais selecionadores pseudo-psicológico-educativo-experiêncio-avaliadores!!! Eles sabem tudo!
E nós, como bom inúteis que somos NUNCA ESTAREMOS À ALTURA das excelentes vagas por eles ofertadas...

Ah, não esqueça de encaminhar este post pro pessoal da imobiliária qdo faltar o do aluguel...

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