sábado, 21 de agosto de 2010

Votar direito é impossível

Como bom inútil que sou, hoje me prestei a gastar meu inútil tempo e entrar na página do TSE para começar minha busca por candidatos, tentando obter informações pessoais e políticas sobre os referidos. Tamanha minha frustração ao chegar à conclusão que, nesta republiqueta, votar direito é impossível. Seguem minhas razões, cujo embasamento se dá exclusivamente pela minha própria experiência, portanto nem perca tempo tentando contestar dados ou informações:

- 99% dos candidatos não tem página, blog, tuíter, facebook, orgurt, ou nenhum outro meio internético de comunicação. Isso é ridículo, tanto por ser um meio muito óbvio, principalmente para os jovens, quanto barato, especialmente para aqueles que já previram orçamentos razoavelmente altos para campanha.

- A imensa maioria dos candidatos, dos quais se consegue alguma informação na inter-rede, não é claro sobre suas propostas, preferindo os chavões às proposições concretas. Exemplos? Claro, claro... "Moralização da política", "desenvolvimento da região", "dar um basta à roubalheira", "assistência aos aposentados", "democratização", et cætera.

- 50% dos sites dos partidos não têm informações decentes (úteis, políticas, exatas, comprováveis, pormenorizadas) sobre os seus candidatos.

- O site do TSE é bastante extenso em dados, mas as tais "informações estatísticas" dos candidatos não permitem muitas opções de pesquisa (que são ao mesmo tempo úteis e simples de oferecer, pois já se têm os dados).

-  A imprensa só divulga quem a ela interessa (ou intere$$a, como preferir). Portanto, não adianta basear o voto "em quem tá na mídia".

- A grande maioria dos candidatos OMITE DESCARADAMENTE suas posses para o TSE. Ora, podem me condenar por chamar alguém de MENTIROSO, mas não sou BURRO ou INGÊNUO para acreditar que uma pessoa que declare ter uma casa financiada (metade no nome do cônjuge), um carro popular velho e uma conta de R$ 5.000,oo, vá ter à sua bel disposição DOIS MILHÕES para torrar na campanha.

- A quase totalidade dos candidatos DISTORCE DESCARADAMENTE suas ocupações para o TSE. Ora, eu NÃO ACEITO que alguém se diga "administrador" ou "jornalista" enquanto sua formação é "ensino médio incompleto"; não me importa se essas profissões são regulamentadas ou não.

- Ao que me parece, muitos candidados não dão a importância devida aos ideais do partido ao qual são filiados e aos reflexos disso sobre seu eleitorado. Eu, enquanto ser pensante, tenho minhas opiniões, conceitos e mesmo alguns preconceitos. Por exemplo, não voto em candidatos de algum partido que tenha "Cristão" no nome, já que sou ateu desde 1989, e, ao mesmo tempo, não voto em ninguém que venha de siglas ou coligações que usem o termo "Comunista", pois penso que esse sistema nunca funcionou - pelo menos assim a história me comprova.

- Os geniais marqueteiros deveriam direcionar melhor seus esforços de publicidade (conforme o público alvo do candidado, claro) e focar em divulgar seus feitos, ao invés de simplesmente exaltá-lo, santificá-lo. Como eu não conheço pessoalmente nenhum candidato, não posso validar suas qualidades nem imputar seus defeitos, apenas formar uma opinião através do dados que consigo ter acesso. Portanto, se eu não encontro informação minimamente útil sobre alguém, não voto.

Um comentário:

Giórgenes disse...

politica aqui no brasil é muito irritante mesmo. o cara ve as propagandas e tem vontade de bater nas criaturas por causa do marketing manjado, barato e superficial, como citastes.

bleh.